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terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vazio

Quando acordei, percebi que algo incrível havia acontecido, e não era no bom sentido. A claridade me cegava e primeiramente não consegui abrir direito os olhos. Entretanto, a surpresa era tanta que era impossível se preocupar mais com a iluminação do que com o que era tudo aquilo. Eu estava em um ambiente inteiramente branco, mortalmente silencioso e terrivelmente vazio. Olhei ao meu redor, em busca de alguma explicação. Nada. Aliás, aquele lugar poderia ser definido como o “nada”.
- Olá? – Gritei inutilmente, ouvindo minhas palavras ecoando pelo espaço.
Levantei-me tendo a sensação de que pisava no ar e tentei dar alguns passos, com receio de que acontecesse algo ainda mais surpreendente. Depois de alguns minutos andando pelo infinito, tudo estava igual. Branco, vazio, silencioso. A realidade começou a vir à tona, e meu desespero cresceu. Eu estava sozinho. Sozinho. Procurei me lembrar do que havia acontecido no dia anterior, mas havia um grande abismo em minha memória, exceto pela vaga lembrança de uma discussão e uma imensa tristeza. Transtornado, corri tentando achar uma saída, agitando estupidamente o ar como se um botão invisível fosse me tirar de lá. Lágrimas escorriam pelo meu rosto e queria inexplicavelmente reencontrar minha mãe. Caí no chão, fraco. Fraqueza era tudo o que eu sentia. Nem fome, sede, frio ou calor me perturbavam.
De repente, ouvi uma voz feminina distante e chorosa.
- Doutor, por favor! Não desligue os aparelhos ainda! Ele pode acordar do coma! Por favor, não faça isso. – Ela estava desesperada.
- Senhora, fizemos de tudo, mas infelizmente seu filho está nesse estado há muitos meses e lamento dizer que não irá acordar mais.
- Não, por favor! – A mulher berrava. – Ah, se não tivesse brigado com ele e o feito sair de casa...
Era minha mãe. Coma? Não lembrava de nada. Tudo o que eu sabia era que precisava sair dali. Precisava ver minha mãe e lhe falar que eu a amava e queria ir para casa. Fechei os olhos com força, pensando naquilo. Precisava sair dali... Precisava...
A claridade me cegava e primeiramente não consegui abrir direito os olhos. Mas dessa vez, mamãe estava em minha frente, sentada na cama do hospital. Seu rosto estava inchado e seus cabelos, desarranjados. Ignorando qualquer dor ou fraqueza, abracei-a fortemente.
- Eu te amo, mãe. Você não tem culpa de nada. – Sussurrei, também chorando. E com um soluço, completei: - Vamos para casa.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

A Terrível Culpa Antissocial

É...
Mais um dia em casa, mais um dia evitando as pessoas.
E analisando mais uma vez os dois lados dessa situação, talvez eu só me sinta culpada por estar perdendo matéria.
Irá a minha aversão aos seres humanos me levar a um caminho bem sucedido profissionalmente? Talvez não.

Eu fico refletindo sobre coisas assim simplesmente porque me sinto mal pela ausência às aulas, negando o conhecimento que me é oferecido.

Mas ao final de tudo, sinceramente... O que me consola é que lá eu teria mais de quarenta macacos gritando ao meu pé do ouvido. Aqui, pelo menos, tenho o conforto do meu silêncio solitário, onde a única coisa que faz barulho são os meus pensamenos culpados, enquanto eu teoricamente me esforço para abrir o caderno e tentar aprender por mim mesma.

domingo, 3 de abril de 2011

A Contradição e seus Desabafos

Você não sabe o que é ficar deitada na cama olhando pro teto, esperando a vida passar. Sentir de cinco em cinco minutos aquela sensação de aperto no peito, que logo sobe para o rosto e se transforma em lágrimas que transbordam sem pedir licença. Não querer que o amanhã chegue, e assim temendo que o hoje prossiga. Querer fechar os olhos e não acordar nunca mais, com um medo maior ainda morte. Viver isso praticamente todos os dias, torcendo secretamente para que tudo vire o nada, para que o tempo não ande de jeito nenhum, mas que ande depressa, até a hora do fim.
Você não sabe.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ganância de Cada Dia

Devastação. Essa é a melhor palavra para resumir o que o meio-ambiente brasiliense está vivenciando no momento. Sejam muito bem-vindos ao mais novo bairro de Brasília: o Setor Noroeste!
A novidade é considerada como “menina dos olhos de Brasília”, e ainda garante consertar “todo o planejamento errado” da cidade, seguindo as normas internacionais de responsabilidade sócio-ambiental. Isso é o que dizem os especialistas e autoridades da capital federal. Ironicamente, quatro de cinqüenta e oito hectares de zonas intangíveis (não poderiam ser alteradas) já foram ilegalmente devastados.
A construção do Noroeste prejudicará o lençol freático que existe sob aquela parte do solo do cerrado, além de sobrecarregar as estações de tratamento de esgoto, que têm como principal ponto de desemboque o Lago Paranoá. Ou seja, além de destruição vegetal, a água que limpa a nossa cidade também ficará comprometida.
Como se já não bastasse tanto atrevimento, o novo bairro visa acabar com as pequenas tribos indígenas que habitam os arredores do chamado Santuário dos Pajés – que logo será assolado. É tanta a pressa para uma Brasília melhor que índios já tiveram suas casas queimadas e foram perseguidos com ameaças de morte – pelos próprios funcionários de construção.
Como é obviamente destacado nos parágrafos acima, caro leitor, superficialmente, esse estupro ambiental tem causado esperanças para a classe alta de Brasília. A matança dos nossos bens naturais é acobertada todos os dias pelo glamour, dinheiro e pela ganância.
Então, em meio a tudo isso, surge uma pequena dúvida; quem pagará o pato depois: a plebe ou os peixes grandes?
O fato é: para sofrer as conseqüências, todo mundo vai ter que entrar na dança. Você. Eles. Nós.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Educação Gera Educação

Esperança é o que não falta quando se fala em melhorar a educação no Brasil, principalmente nessa época de eleições. Propaganda atrás da outra, ouvimos promessas e promessas, às vezes vazias, às vezes verdadeiras. Mas será que um dia a precariedade educacional brasileira irá mudar?
A boa educação começa em casa. Pais preparados educam seus filhos da maneira adequada na visão deles, e bons filhos mostram aos outros o reflexo disso. Pelo menos, era para ser assim. Hoje em dia pais irresponsáveis só colocam uma criança no mundo por colocar, sem ao menos perceber que ela está realmente lá.
O pouco de educação em casa não é o suficiente; infelizmente, não basta se um mínimo de gente tentar mudar o mundo se o próprio é governado por aqueles que não ligam para esse tipo de coisa – salvam-se exceções. O que não dá para entender é porque quase nada foi feito até agora – no Brasil, particularmente. Faltam professores em escolas públicas, faltam escolas! Não adianta acabar com a criminalidade se essas pessoas que cometem os crimes não forem educadas! Segundo a constituição, toda criança e adolescente têm direito à educação. E onde foi parar esse direito?
É claro que muitos países lá fora estão em condições muito mais precárias. Mas não olhemos para o outro, e sim para nós mesmos. Ainda dá pra melhorar e muito a educação de nossas crianças.
Na verdade, esse problema já está bem melhor. Nos dias atuais muito mais jovens vão à escola, o que é satisfatório. Acontece que, na proporção em que as coisas melhoram, a responsabilidade cresce. Só nos resta alguém para tomar conta dessa responsabilidade.
Futuramente, esperam-se mais campanhas e projetos sobre o assunto, além da construção de estruturas educacionais. Mas o futuro é feito do agora, e o agora precisa ser plantado com sabedoria. Se sim, daqui alguns anos colheremos os melhores frutos possíveis.

Amanda Callafange Tufenkjian

sábado, 12 de junho de 2010

Hoje é dia 12 de junho, dia dos namorados. Parce sina, mas incrivelmente, justamente nesse dia, posso dizer que estou completamente sozinha. Mais do que já estive nos outros dias.
Coincidentemente, nesse dia de depressão (quase me afundei), decidi ver Mary and Max. A animação conta a história de uma criança e um senhor de 45 anos que moram em países diferentes, e começam a se corresponder por cartas. É um filme extremamente deprimente. Coloca na superfície como o mundo é cinza.
Entretanto, depois de me afogar em lágrimas - não é TPM - eu me senti um pouco melhor. O filme terminou e eu continuei mórbida, mas talvez seja uma morbidez melhor do que a de antes. Sei que isso vai durar uns 30 minutos, mas eu fico pensando que REALMENTE foi coincidência estar num dia horrível e simplesmente ter a ideia de assistir esse filme. Foi uma boa ideia. Ele me ensinou coisas, apesar de eu não saber explicar nenhuma delas.
Mas eu continuo fugindo. Parece que o tempo passa e eu não faço nada. É bom estar escrevendo assim - M and M me inspirou -, mas penso se não devia estar mais preocupada com o que eu vou ser amanhã. Porque simplesmente nesse momento estou mais perdida do que uma alga morta no mar.
Uma frase que ficou gravada na minha cabeça, e está até agora, mesmo depois de eu ter desligado a TV, é a seguinte: "Deus escolhe nossa família, mas que bom que podemos escolher nossos amigos."
Isso é verdade, apesar de não vir ao caso.
Mas aí vem a pergunta: será que foi Deus que escolheu que eu estivesse sozinha nesse dia ou fui eu?
Claro que sei a resposta.

Mas curtir a depressão é bom, sabe. Aliás, é por causa disse que estou escrevendo. Eu já disse isso.

Sinto como se meu interior tivesse azul. Nenhum sentimento vem a tona com muita intensidade nesse momento.
Mas enfim, Deus, eu ou qualquer um no planeta Terra: seria bom ter alguém aqui do meu lado agora. Seja namorada, namorado, amigo, irmã, mãe, pai, tio, cachorro, gato, pedra, árvore.
Talvez tenha. Talvez eu não esteja sabendo aproveitar isso.
Talvez eu esteja pedindo demais.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Untitled

Uma noite
Você vai virar para mim e dizer
“Tudo o que eu senti
Não foi por te odiar
Nem por te amar

Tudo o que eu senti
Foi para matar você.”